Renan Radici, fotógrafo membro do diretório Inspiration Photographers, consta em sua galeria lindas foto premiadas em Awards, em 2017 foi indicado ao Lente de Ouro como Fotógrafo Revelação do Ano.
“Olá, eu sou o Rena Radici, tenho 30 anos e comecei a fotografar a mais ou menos 7 anos atrás. Não faço ideia de quantos casamentos e eventos já fotografei, mas foram muitos hehehehehe. Descobri a fotografia na minha vida ainda quando cursava Administração de Empresas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 2011, e ela mudou a minha vida completamente. Antes disso nunca imaginei ter a minha própria empresa e muito menos registrando sentimentos tão intensos de outras pessoas e, dessa forma, fazer a diferença na vida delas através o meu olhar. Indiferente do tipo de evento seja um casamento, formatura, ensaio fotográfico de família, sempre busco contar essas histórias de forma única e pessoal criando uma conexão entre a minha fotografia e o estilo de vida das pessoas que estão sendo fotografadas. Quero me conectar com pessoas que se identifiquem com a minha forma de ser e pensar a fotografia, e criar uma ferramenta para a construção de uma relação mais autêntica entre pessoas com a mesma sintonia. Fotógrafo de casamento? Me considero mais um fotógrafo documental da vida. Me entrego de corpo, alma e coração para documentar todos os eventos com a mesma intensidade, atenção e cuidado possível, sejam eles pequenos e íntimos, a poucos quilômetros de minha casa, ou, imensos no outro lado do mundo.”
Como entrou na fotografia?
Entrei na fotografia ainda quando cursava a Faculdade de Administração à mais ou menos 7 anos atrás, durante um curso de Photoshop que fazia na época. Neste curso conheci uma fotógrafa e a partir disso comecei a estudar um pouco mais sobre fotografia, acabei me interessando e entrando para este meio.
Em sua opinião, quais são os componentes mais importantes para uma boa fotografia?
Eu acredito hoje que não existe um certo ou errado na fotografia, mas sim uma maneira melhor do que outra para se chegar a um resultado. A “distância” de uma fotografia boa está a apenas centímetros de você, se nos abaixarmos, dermos um passo para o lado, poderemos chegar a um resultado surpreendente. Esse é o mais bacana na fotografia, podermos criar sempre! Acredito que para isso temos que ter o conhecimento técnico do nosso equipamento, sabermos nos conectar com as pessoas para chegarmos a resultados mais verdadeiros e principalmente sabermos “ler” a luz. Entendermos como a luz funciona, tanto a natural como a artificial, pode nos proporcionar resultados incríveis. Na minha opinião para se ter um nível de conhecimento sobre os componentes que compõem uma boa fotografia, além da parte prática e técnica, requer disciplina, estudo e, principalmente dedicação, focando no objetivo que se quer alcançar.
Qual será o futuro da fotografia?
Acredito que veremos cada dia menos trabalhos impressos e mais trabalhos guardados em hds, muitos clientes hoje já optam em não fazer mais o álbum do seu casamento. Vejo isso como uma evolução, não que eu goste disso, acredito ser um processo que nós fotógrafos não queremos, pois, a percepção do contato com as imagens na forma tangível é imensamente mais intensa do que vê-las somente no formato digital, seja ela na impressão das fotos individualmente ou na confecção de um álbum. Mas em contra partida, no meu ponto de vista, apesar do desinteresse dos clientes na parte tangível da fotografia, é possível sentir que o senso crítico e estético deles vêm melhorando, e alguns estilos de fotos que se mantem por anos como “foto perfeita” e até pouco tempo atrás eram ovacionadas, hoje para eles não fazem mais sentido e cada vez mais eles estão buscando por sentimentos nas imagens. Sendo assim, esse conhecimento por parte do cliente torna eles mais exigentes em termos de qualidade não somente da fotografia em si, mas, também na parte do serviço, o que em minha opinião torna nosso mercado mais nivelado, onde os fotógrafos terão que sair de suas zonas de conforto para criar um trabalho equivalente ao que os clientes estão exigindo.
Como você lida com as críticas?
Não me incomoda, as criticas nos fazem melhorar e repensar o nosso trabalho, e é sempre bom aperfeiçoarmos, porém, para essas críticas serem saudáveis elas devem ser construtivas, com fundamentação, as quais despertem curiosidade no criticado para incentivá-lo a buscar a inovação necessária para superação dessas críticas. A inovação não é apenas uma condição que se aplica em determinados momentos, ele deve ser vista como uma condição permanente e essencial em tudo que se cria, é uma arma poderosa em termos de competitividade empresarial. Já em minha opinião as críticas vazias, sem fundamento, devem ser ignoradas, pois só perderemos tempo com elas.
Gostaria de fotografar um trabalho junto com algum colega fotógrafo ou videomaker no mundo que admire? Se sim com quem gostaria?
Claro! Seria demais! Tenho vários fotógrafos que admiro, mas o Gabe McClintock, o Casal Erika e Lanny da Two Mann Studio e o Fer Juaristi são três dos trabalhos que me inspiram hoje.
Você faz algum outro tipo de fotografia além da sua profissão ou pensa em fazer?
Quando comecei a fotografar o meu sonho era ser fotógrafo da National Geographic, mas com o tempo e por não ter dinheiro acabei entrando no meio de eventos, então, esse seria um tipo de fotografia que gostaria muito de fazer. E hoje costumo trabalhar com fotografia de rua quando estou em viagem.
Quem te inspira na sua vida e quem o inspira na sua carreira e porquê?
As pessoas que estão perto de mim, família, amigos e clientes. Amigos e família pelo apoio e por estarem sempre perto. Os clientes, eles são a maior inspiração, é por eles que tento melhorar todos os dias, pois, além de clientes, a maioria deles acabam se tornando amigos o que me permite conhecê-los melhor e, admirá-los pelas pessoas incríveis que são, o que me faz buscar sempre essa superação na minha fotografia e poder entregar para eles um trabalho ainda melhor.
Qual equipamento você usa atualmente para trabalhar?Qual equipamento você usa atualmente para trabalhar?
Canon 5D MK IV, 5D MK III, 24mm 1.4, 35mm 1.4, 50mm 1.2, 85mm 1.2. Além de led e flash, dependendo da ocasião e do resultado que estou buscando.
Que recursos você prefere usar para aprender novas técnicas e se manter atualizado na profissão, por exemplo, palestras, workshops, cursos on line, livros?
Leio muito, não somente sobre fotografia, mas sobre várias coisas que agregam qualidade no meu trabalho, isso inclui textos e imagens de arquitetura, revistas de moda e gastronomia e, principalmente, fotografia de filmes, a parte cinematográfica me inspira bastante. Gosto muito de analisar do meu jeito, o trabalho de fotógrafos que admiro, olho principalmente a luz da foto, é isso que mais me atrai. Evito olhar trabalhos de fotógrafos que estejam próximos de mim, na mesma região, pois, isso pode acabar inconscientemente influenciando o meu trabalho e estarei fazendo um trabalho igual ao deles. Portanto, busco por trabalhos internacionais via pesquisa do google mesmo, faz um bom tempo que não faço WS, mas hoje eu faria apenas WS fora do Brasil.
O que você procura transmitir com as suas fotos?
Verdades. Quero transmitir a verdade das pessoas nas minhas fotos, poder olhar uma foto e perceber o sentimento nela, pois, quando alcanço esse objetivo sei que me entreguei por completo e consegui sentir as conexões daquele momento.
Você tem algum Hobbie?
Sim, muitos! 1. Gosto muito de beber e estudar sobre cerveja. Para mim cozinhar é uma terapia, então, tudo se encaixa, gosto de cozinhar, beber boas cervejas e harmonizar com os pratos que invento. 2. Coleciono algumas coisas, mas minha preferida são as estátuas de super heróis e filmes que decoram meu escritório. 3. Sempre que consigo um tempinho, gosto de sair andarilhando pela rua, em qualquer lugar que estiver com a minha namorada Andréia para apenas caminharmos e curtirmos o dia, e claro, sempre com um bom chimarrão na mão.
Se pudesse escolher qualquer lugar no mundo para viver qual seria?
Irlanda
Um sonho realizado?
Conseguir criar a minha empresa e mantê-la no mercado, acho que esse foi um dos maiores sonhos até o momento.
Que fatores você acredita que contribuíram para você ter chegado até onde esta hoje?
Principalmente paciência e perseverança. Quando iniciei minha profissão como fotógrafo ouvi muitos “nãos” de diversas pessoas, colegas de profissão que estavam a mais tempo no mercado que me disseram que eu não iria a lugar algum com o meu estilo de trabalho. Hoje posso dizer que essas portas fechadas e esses comentários foram a minha maior motivação, um dos fatores que fizeram eu chegar até aqui, quis provar para eu mesmo e para muitas pessoas que conseguiria e que, mesmo com as portas fechadas, eu abriria elas nem que fosse a força, e acredito que consegui hehehehehe. Boa parte não somente de nós fotógrafos passamos por dificuldades para criar o seu próprio negócio, mas precisamos enfrentar esses obstáculos, mesmo que muitos momentos tentem nos colocar para baixo. Devemos nos concentrar nesses esforços, para aos poucos irmos conquistando nosso espaço e provarmos para nós mesmos que somos capazes. Foi isso que aconteceu comigo e acontece com muitos colegas de profissão que estão começando. Então gente, não desistam, baixem a cabeça e trabalhem duro, se reinventem e as portas se abrirão para a conquistas de seus objetivos.
O que motivou você a se tornar parte do Inspiration Photographers e como sua participação no diretório ajudou na projeção do seu trabalho?
Sempre temos que melhorar e fazer mais para crescermos e, nesses 7 anos que estou fotografando investi muito para ter bons equipamentos, na empresa, na marca, em tudo para que pudêssemos ter uma empresa consolidada e saudável. Depois disso tinha que dar mais um passo, e esse passo era participar de premiações que até o ano passado nunca havia participado e a Inspiration foi a primeira na qual nos inscrevemos, pois, por ser brasileira acredito que temos que valorizar mais o que temos em nosso País. 2017 foi o primeiro ano que participei e foi muito bacana, tivemos diversas fotografias premiadas, e isso ajuda no marketing da empresa, ajuda no posicionamento no mercado de fotografia, não digo que isso seja uma argumento decisivo para um cliente nos contratar, mas com toda a certeza é um Marketing bem valioso.
Se você pudesse enviar uma mensagem para você mesmo 5 anos atrás, qual seria essa mensagem?
Não perca tempo e energia com o que e quem não vale a pena, não perca tempo olhando e tentando fazer o que fotógrafos da sua região fazem, busque o seu próprio estilo de fotografia. Se inspire em todo tipo de elemento como a linha, a forma, a cor, a textura, o espaço, tudo que agregue um estilo único no seu trabalho e assim criar a sua identidade. Fora isso faça tudo igual, vai ser difícil mas também muito divertido 😉
Deixe seu recado para o mundo aqui sobre o que quiser.
Seja verdadeiro e tente criar conexões com as pessoas. Seja autêntico em seu trabalho e na sua vida.
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